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Alagou e agora? O seguro cobre?

Todos os anos, as chuvas alagam cidades brasileiras trazendo danos a propriedades, interrompendo o trânsito e, muitas vezes, arrastando veículos. Isso tem se tornado cada vez mais comum em nossa cidade Fortaleza. Para os que se encontram dentro de um automóvel quando isso ocorre, junta-se ao terror pela própria segurança e o desespero de arcar com os danos ao carro. Entretanto, este valor é, por padrão, coberto pelo seguro.

 

 

 

O advogado Rômulo Brasil, especialista em direito do consumidor, explica que o padrão de cobertura dos seguros automotivos é a compreensiva. Isso quer dizer que, se o proprietário contratou o serviço e não requisitou mudanças, seu seguro irá cobrir colisões, abalroamentos, roubos e eventos da natureza. Dentre estes, incluem-se os alagamentos, enxurradas, chuvas de granizo, quedas de árvores e muros e deslizamentos de terra.

A recomendação parte da Superintendência de Seguros Privados (Susep), órgão responsável pelo supervisionamento do serviço em todo o país. O professor e coordenador da Escola Nacional de Seguros, José Antônio Varanda, complementa a informação.

A recomendação das seguradoras é que você saia do carro e salve a sua vida, deixando o carro na via”, esclarece o coordenador.

Existem exceções, entretanto, para a cobertura dos eventos da natureza. Brasil explica que o motorista não deve insistir em atravessar regiões alagadas com seu veículo, pois isso pode levar à perda da cobertura. As seguradoras podem entender que o segurado criou ou agravou o risco e, por isso, quaisquer danos gerados seriam de sua responsabilidade.

Muitas vezes, conta o advogado, essas empresas investigam o sinistro para comprovar que o dever de cobrir os danos é, realmente, delas. Essas análises podem passar pelo estudo de imagens de câmeras de segurança na região do acidente e, até mesmo, entrevistas com moradores do local.

Não devemos esquecer que as seguradoras são empresas privadas e visam o lucro. Tendo subsídio legal para não arcar com custos, elas não vão querer arcar”, enfatiza o especialista.

 

Por isso, em caso de dúvida, evite atravessar regiões alagadas. O coordenador da Escola Nacional de Seguros, José Antônio Varanda, explica que, na maioria das vezes, os danos ao veículo são agravados quando o motor trabalha coberto por água. Assim, o proprietário é deixado sem a cobertura do seguro e com um prejuízo maior para pagar do que se tivesse apenas deixado o veículo onde estava.

 

 

 

 

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*imagens retiradas da internet.  fonte é SINCOR – RJ ( Sindicato dos corretores de Seguros Rio de Janeiro).